sábado, 26 de novembro de 2016

Uma Corydora do Paleoceno

Fóssil descoberto na Argentina atesta sua presença nos riachos da América do Sul durante o Paleoceno, a 58 milhões de anos. Uma leitura paleo artística da espécie classificada como Corydoras revelatus. Alguns estudos sugerem que sua reprodução era semelhante aos poecilídeos.

domingo, 16 de outubro de 2016

CANINANA, A COBRA TIGRE

Uma das mais belas cobras do Brasil, a caninana, do Tupi; "cabeça em pé". Não é peçonhenta, alimenta-se de aves e pequenos roedores. Quando irritada, incha a cabeça dando a impressão de ser um animal muito perigoso.

A MARIPOSA DE DARWIN

A mariposa "linguaruda" de Darwin, e sua importância na Teoria da Evolução. O naturalista era um grande admirador de orquídeas e mostrava grande interesse por polinizadores e como esses interagiam. Notável observador, baseado nas Teorias de Lamarck tentou entender o abismo evolutivo da mariposa de Madagascar e sua enorme língua, e a flor dependente de forma exclusiva do inseto para sua reprodução. Após receber muitas orquídeas da Ilha africana de Madagascar, deduziu na relação da flor e seu polinizador; a mariposa com sua enorme língua. A teoria demoraria quase 150 anos para ser confirmada.
Xanthopan morganii




Cartas de Charles Darwin


Beagle, fundeado em Niteroi, Brasil. 1832.

domingo, 28 de agosto de 2016

LIBÉLULAS DE MATA ATLÂNTICA

Eficiente predadora, e residente dos ambientes aquáticos a Odonata, vive toda sua vida nesse nicho ecológico. Sempre como uma voraz predadora é uma grande aliada no controle de insetos causadores de doenças em humanos, como a dengue. Pernilongos vetores das espécies, Aedes aegypti e Aedes albopictus, tem  suas vidas com horas contadas.
 Erythrodiplax abjecta 
Micrathyria hesperis

Argia sp.

Erythrodiplax abjecta, outra população

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Austrolebias nigripinnis

América do Sul, detém grande parte da biodiversidade do mundo. Pouco conhecido estão os killifishes, peixes que habitam pântanos e charcos. São constantemente ameaçados pela invasão de seus habitats por ações humanas, na construção de rodovias e expansão imobiliária. É o caso do pequeno rio grandense, um gaúcho corajoso, de belo colorido parecendo um céu estrelado

sábado, 20 de agosto de 2016

MANGUEZAL, O BERÇO MARINHO

Manguezal bioma costeiro que margeia a Mata Atlântica litorânea,  suas águas salobras passam por grande variação de salinidade, temperatura em um ciclo regulado pela variação das marés.  Muito delicado, o habitat é um berçário para muitas espécies de peixes marinhos. Também vivem crustáceos, répteis aves e mamíferos que encontram proteção e alimento nas florestas de raízes aéreas.

A árvore do mar, o mangue, dá nome ao habitat. São três espécies ocorrentes, o mangue vermelho Rizophora mangle, o mangue branco Laguncularia recemosa, e o mangue preto Avicennia schaueriana. 


Está associado a foz dos rios, após descer em gélidas cachoeiras das encostas da Serra do Mar, o rio segue preguiçoso pela planície costeira até chegar ao mar. As raízes aéreas do mangue, são um filtro natural, fornecendo ao mar uma água limpa mas rica em micro detritos que irá alimentar as variadas formas de vida marinha.


Em pouca profundidade, vemos um cardume de alevinos de xaréu, Caranx lugubris. No mar chegam a ter grandes dimensões em enormes cardumes.  

Comum são os poecilídeos, Phalloceros caudimaculatus, é  guppy selvagem, com o ocelo no flanco.

Tubarões como os cabeça chata, costumam adentrar o mangue e subir o rio para desovar. Filhotes nascidos nos rios são conhecidos como cação banana pelos pescadores.
Guaiamu do Tupi, caranguejo de casco azul. Ocorre em grande quantidade nos manguezais, se alimentam de detritos e folhas dos mangais.

Tainha, ocorre também nos manguezais, um peixe forrageiro para diversas espécies
Conhecido popularmente por "chama maré", devido o hábito de movimentar a pinça maior como se estivesse chamando algo. É uma das "almas"do  mangue, consumindo grande quantidade de matéria orgânica chegada dos rios a sua foz. Presos as raízes, os detritos são um banquete para as comunidades que fixam residência em tocas próximas as raízes.
Jacarés do papo amarelo, costumam residir as margens dos manguezais. Ocasionalmente fazem incursões noturnas no mar para caçar.
Ambiente típico de rio chegando ao litoral

quarta-feira, 1 de junho de 2016

ILUSTRAÇÃO NATURALISTA


Dicrossus maculatus, pequeno ciclídeo que ocorre na Bacia Amazônica nos igarapés do Tapajós e Maués

terça-feira, 24 de maio de 2016

SABIA LARANJEIRA


Turdus rufiventris, o sabiá laranjeira, do Tupi, "aquele que reza muito". É um dos símbolos do Brasil, uma linda ave, seu canto melodioso agrada uns e irrita outros. Ganhou muitos inimigos na Cidade de São Paulo, por não conseguirem dormir por conta de sua cantoria durante a madrugada. Curioso que por ser uma cidade barulhenta com veículos, buzinas e sirenes, muitos habitantes dessa cidade não suportam os sons da natureza. A melodia é repetitiva, podendo ser escutada a quilômetros de distância. Os sons são copiados pelas suas crias, que ficam ouvindo o dialeto de seus pais.


Outra espécie Mimus saturninus, com conhecido como sabiá branco, ou sabiá do campo.

domingo, 8 de maio de 2016

CARCARÁ


Caracara plancus, Miller, 1777. Ocorre, em áreas abertas, e se adapta as áreas urbanas. Semelhante ao carcará do norte, Caracara cheriway, Jacquin 1784. Sua alimentação é bem variada, desde insetos, répteis, peixes, crustáceos, pequenos roedores e carniça. 














segunda-feira, 2 de maio de 2016

Agraulis vanillae

Conhecida como asas de prata,  Agraulis vanillae. Encontrada em Mata Atlântica, foi descrita e 1758  por Carl Linnaeus.




quarta-feira, 27 de abril de 2016

LACRAIA

LACRAIA


Um fantástico predador, notável pela sua velocidade e ferocidade. A lacraia um artrópode do gênero Scolopendra, ávido devorador de insetos a doce de chocolate, por aceitar qualquer tipo de alimento o torna muito fácil de criar em cativeiro. O ruim dessa história é sua dolorosa picada e o malabarismo apoiado sobre seus 21 pares de pernas criam movimentos ágeis e imprevisíveis que tornam o"pet" um pesadelo. Sua picada é descrita como aplicar bezetacil com um prego. Ocorre em Mata Atlântica, junto a troncos caídos, folhiços, fendas de rochas e cavernas. 










Confundido com a lacraia está o "piolho de cobra", parente na história evolutiva difere por não inocular veneno. Quando molestados, se defendem se enrolando expelindo cianeto.




O surgimento dos artrópodes, remonta o período Cambriano da era Paleozóica. Segundo Adam Sedwick um geólogo inglês do século XIX, foi o início da vida na Terra. A 542 milhões de anos surgiram as Trilobitas os primeiros artrópodes de vida marinha. Algumas espécies apresentam curiosos formatos.








quinta-feira, 3 de março de 2016

AUGUSTE DE SAINT-HILAIRE E SUA VIAGEM AO BRASIL


VIAGEM DO NATURALISTA AUGUSTE DE SAINT-HILAIRE AO BRASIL. 200 ANOS.
Fragata francesa L'HERMIONE, recebida em saudação pela armada de D. João VI, em 30 de maio de 1816. Duque de Luxemburgo em uma missão extraordinária, de obter da Corte do Brasil, a Guiana Francesa conquistada durante as guerras do Império. Acompanhando a missão diplomática estão o Duque de Clarac, talentoso desenhista e arqueólogo amador e o viajante naturalista, o botânico Auguste de Saint-Hilaire em sua primeira viagem ao Brasil. Em seis anos o botânico e naturalista francês percorreu as trilhas do sertão. Percorreu os Estrados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Catalogou quatro mil e quinhentas espécies vegetais, e dava muito valor ao conhecimento tradicional no uso de plantas medicinais. As observações sobre o preparo e para que serviam as plantas, ele publica o guia PLANTAS USUAIS DOS BRASILEIROS. impressionava o naturalista, o desprezo dos brasileiros pelas matas, as queimadas e a procura doentia pelo ouro. O povo não dava nenhum valor a riqueza natural de seu País.
Fragata L'HERMIONE, em recepção pela esquadra de D.João VI, no Rio de Janeiro, em 1816.


Jurubeba, do Tupi"espinheira amarga", é usada na medicina tradicional brasileira.  


Saint-Hilaire, descreveu inúmeras espécies da flora brasileira, muitas de uso medicinal como a Jurubeba acima. Usando a Estrada Real, pode observar os biomas Cerrado e Mata Atlântica, as observações das populações, ambientes e natureza criaram um vasto material escrito e a descoberta de sete mil espécies vegetais.

Página do caderno de campo de Saint-Hilaire. 

Caminhos seguindo a ER, Estrada Real, ajudaram o naturalista a conhecer o interior do Brasil.

Trilhas pelo bioma Cerrado, dá para imaginar as dificuldades de um viajante no século XIX.